Do carvão ao diamante
Do lado de dentro da casca
É no recheio da pele
Que o poema me vacina
Ainda que me exponha ao vírus,
que faça cura com veneno,
explora e limpa minha doença
e das futuras me previne
O poema é meu critério:
Finca, e contamina meu sangue
Desinfetando as minhas guerras
Me agride desde a ponta da seringa
Ele me sobrevive às dores quentes
e antes mesmo que o procure
O poema me interpreta